1 de ago. de 2014

Resenha: Jugger - Born from the Ashes (EP)

Independente
Nota 8,0/10,0

Por Marcos "Big Daddy" Garcia


As bandas de Prog Metal, em geral, são muito afeitas a experimentalismos musicais, fugindo um pouco de padrões internacionais já bem estabelecidos, buscando se diferenciar de medalhões como DREAM THEATER e SYMPHONY X, e assim, muitas vezes, são extremamente atraentes aos nossos ouvidos, mesmo quando buscam fórmulas não tão inovadoras. E o JUGGER, quinteto de São Paulo, capricha e faz de seu EP "Born from the Ashes" algo mais tradicional em termos do estilo.

Sem buscar ser muito inovador, mas sabendo fazer um trabalho muito caprichado, já que mesmo com um nível técnico muito bom, a banda procura ter uma pegada mais pesada e agressiva, beirando em vários momentos o Metal tradicional, mas sempre agradável. A mistura de vocais bem postados e que usam bem os timbres (sem exagerar em tons mais altos), grande trabalho de guitarras (bases e solos muito bem construídos), base rítmica sólida e bem diversificada, e teclados que sabem se impor, sem no entanto ser apenas "pano de fundo" ou se sobreporem aos outros insntrumentos. E isso tudo misturado gera uma música forte e vigorosa, bem trabalhada, mas com peso e melodia nas devidas medidas.

Jugger
Produzido pelo próprio quinteto, gravado nos Lumen Studios, e tendo mixagem e masterização de Caio Schmid, a qualidade do EP está em um bom nível, com todos os instrumentos em seus devidos lugares, soando com peso e timbres certos, mas com um bom nível de clareza necessária necessária à compreensão do trabalho não trivial do grupo.

A grosso modo, temos quatro faixas muito bem arranjadas ("Rise" é uma instrumental de teclados que introduz o trabalho, tendo a participação especial de José Cardillo), todas elas bem longas, mas sem cansar os ouvintes.

A ótima "Dark Angel" já mostra-se uma canção bem variada, cheia de mudanças de ritmos e incursões jazzísticas, com excelente trabalho dos vocais e guitarras; em "Blessed Garden", a mais longa, o baixo se mostra bastante presente, com belo solo de guitarra; a variada e quase progressiva "Purgatory" mostra uma enorme beleza, com um trabalho muito bom de bateria. Fechando, "Nothing At All", com alguns vocais mais ríspidos, com grandes doses de Metal tradicional moderno, onde os teclados fazem um belo trabalho.

Enfim, uma ótima banda e um boa promessa para o futuro, mas que no atual momento, já se mostra ótima.



Tracklist:

01. Rise
02. Dark Angel
03. Blessed Garden
04. Purgatory
05. Nothing at All

Banda:

Lucas Povinha - Vocalista
Rafael Savone - Guitarras
Lucas Cardoso - Teclados
Eduardo Crescenzi - Baixo
Lucas Prado - Bateria


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