6 de out. de 2014

Resenha: Silver Mammoth - Pride Price (CD)

Independente
Nota 8,0/10,0

Por Marcos "Big Daddy" Garcia


É incrível ver como no Brasil existe uma diversidade sonora tão salutar, em tempos em que muitos clamam que não se faz mais nada de novo em termos de Metal e Rock. Mas enquanto alguns usam a declaração "não queremos fazer nada de novo" como desculpa para apenas reciclar clichês que já foram exauridos (ou seja, viver do trabalho criativo de terceiros), outros preferem fazer uma música que, apesar das claras referências a caminhos já percorridos, preferem tentar a coisa ao seu modo, sem se preocupar em permanecer dentro de limites impostos. E o SILVER MAMMOTH, de São Paulo, nos oferece em seu segundo trabalho, "Pride Price", que acaba de ser lançado.

Mixando influências do Hard Rock e do Rock dos anos 70, mais muita psicodelia e a própria personalidade, o grupo se sai bem, pois mostra um trabalho bem coeso, pesado e forte, com vocais que oscilam entre timbres mais suaves e outros mais secos, guitarras bem pesadas e fortes, baixo com boa técnica e presença, e bateria com boa diversidade de andamentos e técnica sóbria. E quando se juntam todos esses fatores, a música da banda soa espontânea e com vida, sem ser clichê.

Com produção de Marcelo Izzo e Neno Fernando, percebe-se que o enfoque da sonoridade da banda é que se resgate o feeling 70 pela música, não pela gravação. Está com um bom nível de qualidade, com timbres instrumentais bem pensados, e cada instrumento com seu devido volume. Mas ao mesmo tempo, está clara, a ponto de percebermos a força do baixo e as participações dos teclados (onde temos o convidado Rafael Agostino fazendo as partes do instrumento). A arte, muito bem sacada, é um trabalho bem legal de Carlos Fides, que soube usar contrastes de cores que valorizam a arte, sem serem berrantes.

Silver Mammoth
Ponto forte da banda: seus arranjos, já que em momentos mais intensos ou mais calmos, a dinâmica musical não é alterada, mas se valoriza bastante o conjunto como um todo.

Destaques: a pesada e forte "Sinning in Mass" (que é introduzida por belos teclados, antes de virar uma pedrada com leves toques de SABBATH e ZEPPELIN, destacando bastante o trabalho das guitarras), a também pesada e com andamento mais ameno "Pride Price" (outra onde as guitarras se evidenciam, junto com belos arranjos de teclados e os vocais bem colocados), a um pouco mais calma e provocante "Bitter Moon or Honeymoon", a linda e mais sentimental "Soldier of Prey" (perfeita nos violões e solos), a acessível "Robert and I Face to Face Thirty Years Later", a psicodélica e levemente acessível "Tuning Paranoia" (trabalho fantástico de baixo e bateria), e a bela "Mozart Gale" (uma balada envolvente de piano, teclados e voz).

Um disco bem equilibrado, concebido com carinho e vontade, e que pode ser adquirido sem medo pelos mais incautos.



Tracklist:

01. Sinning in Mass
02. Pride Price
03. Bitter Moon or Honeymoon
04. Break It Up, Bring Em’ Down
05. Soldier of Prey
06. When Walls Get Cracked
07. Robert and I Face to Face Thirty Years Later
08. Sweet Little Sister
09. Tuning Paranoia
10. Mozart Gale
11. Seelenfrieden (Instrumental)


Banda:

Marcelo Izzo – Vocais
Marcelo Izzo Jr. – Guitarras e backing vocals
Leonardo Henrique – Guitarras e violão
Chakal – Baixo
Gerson Reyes – Bateria


Contatos:

MS Metal Press (Assessoria de Imprensa)
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