6 de mai. de 2015

Alefla – End of the World (CD)

Nota 9,0/10,0

Por Marcos “Big Daddy” Garcia




Falar do Metal tradicional é algo sempre prazeroso. Sim, pois é de onde todos os subgêneros nasceram, e ver como as mutações que ocorreram em todos estes anos o tornaram cada vez mais atraente e forte, vigoroso e melodioso, sem perder o peso. E o quinteto ALEFLA, de Pindamonhangaba (SP) realmente entende de como se faz a coisa, o que é mostrado no ótimo “End of the World”, seu primeiro trabalho.

Misturando muito do Metal tradicional com alguns toques de Metal melódico e Prog Metal, vemos uma banda cuja musicalidade é elegante e bem feita, mas com peso e energia de sobra, além de refrões privilegiados. Vocais ótimos e melodiosos (a voz de sua vocalista é um bálsamo aos ouvidos), uma dupla de guitarras que se entende bem em termos de riffs e solos (com pegada pesada e boas melodias), baixo e bateria com equilíbrio perfeito de técnica e peso, e tudo isso misturado cria uma música que, se não é inteiramente nova, tem muita personalidade. E que, aliás, é alto nível!

Tendo Tito Falaschi na produção e na mixagem, tudo feito no IMF Studios, em São Paulo, nos é permitido afirmar que a sonoridade do grupo beira a perfeição, uma combinação perfeita de peso e clareza (mas quem conhece o trabalho de Tito como produtor, sabe bem que ele sempre faz algo de muita qualidade), timbres muito bem escolhidos e cada instrumento aparece em seu devido lugar. A capa ostenta uma paisagem futurista onde o mundo que conhecemos acabou, mas isso é sinal de que uma nova etapa pode ser começada, em um trabalho artístico muito bem feito.

Alefla
O quinteto sabe o que quer fazer e explora bem os limites de sua música. Podemos perceber que a banda sabe arranjar muito bem suas composições, sem que elas soem artificiais ou forçadas. Nada disso, elas soam espontâneas e vigorosas. E o melhor de tudo: é feito com coração.

Das 11 faixas (pois “Beginning of the End” é uma introdução bem climática de teclados), apesar do equilíbrio de qualidade entre elas, podemos destacar “Watching Over Me” (que já entra com aqueles riffs pesados e solos empolgantes que grudam nos nossos ouvidos, fora um trabalho muito bom dos vocais. Reparem bem no refrão), a ótima e introspectiva “Believe Me”, que alterna momentos melodiosos e outros mais lentos muito bons, fora os vocais masculinos dando um toque especial (especialmente quando se alterna com os femininos), a preciosa “End of the World” (que tem uma pegada mais acessível, mas sem deixar de ser elegante e pesada), a pesada e elegante “Battlefield” (que possui novamente um dueto de vozes perfeito), a mais técnica e com um jeitão de Power Metal “Seven Signs” (com um trabalho bem expressivo de baixo e bateria), “Hope to Live” e seus belos arranjos de guitarra e momentos etéreos, e a pegajosa “Walking Through the Night”. 

É uma ótima banda, verdade seja dita, e tem muito talento. Mas verdade seja dita: ainda podem oferecer bem mais. Mas por enquanto, “End of the World” é o típico disco para se pôr no CD Player e ligar a função repeat.

Tem muito futuro.



Músicas:

01. Beginning of the End
02. Watching Over Me
03. Believe Now
04. End of the World
05. Wind Blows... Time Flows
06. Battlefield
07. Seven Signs
08. Miracle
09. Hope to Live
10. Killing Sparrow
11. Eyes of the Soul
12. Walking Through the Night


Banda:

Fla Moorey – Vocais 
Renan Lucena – Guitarras 
Alexandre Nascimento – Guitarras, vocais
Leandro Pimenta – Baixo 
Paulo Ferreira – Bateria 


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